PSY TRANCE: É um dos mais populares estilos de música eletrônica nos últimos anos, e vem sendo tocado desde raves específicas para este estilo até clubes mais comerciais. É bastante psicodélico, tendo como característica principal a idéia de transe em que o ouvinte entra, embalado pelas linhas de sintetizador repetidas ao longo das batidas da música, que consiste num ritmo 4/4. Desde o seu surgimento, o trance já passou por várias mudanças. De acordo com os detalhes em sua estrutura, podem ser dos estilos Progressive, Dark e Psychodelic, entre outros. Cada vertente tornou-se independente, formando uma escola para os artistas envolvidos. Sendo assim, é possível acompanhar a evolução da cena psicodélica em particular.
Dentro da cena atual, a produção de música eletrônica é abundante e rica em qualidade, dividindo-se nitidamente em três fortes correntes principais: Full On, Progressive e Dark.
Full On
É a vertente mais pesada e rápida do Psy Trance. Seus baixos são corridos com muitas variações de tons, sintetizadores ao extremo e por uma grande oscilação entre momentos de euforia total e melodias bem trabalhadas, geralmente construídas entre 142 e 150 bpms. É sem dúvida um som que tem um apelo dançante. É extrovertido e convidativo à expressão corporal da dança. Seus elementos vão entrando, cada um em seu tempo, até que a música enche, e então explode. Alguns da vertente são: Alien Project, Didrapest, Logica(Alok & Bashar), Bizzare Contact, Shanti, Krome Angels, Sesto Sento, GMS, Infected Mushroom, Painkiller, Astrix, Talamasca, Sub6, 1200 Micrograms, 220v, Growling Machines, Mahamudra, Exaile, Paranormal Attack, Dynamic. São alguns exemplos.
O Full On se divide em:
Morning: sub-vertente que é mais comum no período da manhã nas festas, com melodias mais melódicas. A maior parte dos "mornings" vem de Israel. Alguns exemplos: Astrix,Infected Mushroom, Protoculture, Vibe Tribe, Melicia, Bamboo Forest e Sesto Sento.
High Tech: sub-vertente muito comum no começo de tarde nas festas, é derivado do morning, e tem mais efeitos eletrônicos. Os maiores produtores de "high tech" são Israelenses. Alguns artistas da sub-vertente: Perplex, Phanatic, Switch, Freedom Fighters, Eskimo, Mekkanikka e Ananda Shake.
Night: sub-vertente que se destaca pelo mix de elementos do Dark Trance (som sério, batidas pesadas, sintetizadores sombrios) com um ritmo mais acelerado, poucas melodias e é mais dançante. O projeto mais conhecido de night, embora muitos o considerem "dark" é o Shift. Alguns artistas da sub-vertente: Azax Syndrom, Damage, Killer Buds, Iron Madness, Menog, Abomination, Zion Linguist e Digital Talk. São alguns exemplos.
Groove: sub-vertente mais séria, tem como principal idealizador o projeto francês Talamasca é bem aceita em qualquer horário, principalmente a tarde. Utiliza muito sintetizador, explosões, linhas de baixo mais incorporadas e pesadas. Projetos como Burn In Noise, Flip Flop, First Stone, Headroom. São alguns exemplos.
Progressive
Vertente mais calma, lenta e extremamente lisérgica do Psy Trance, construída geralmente (mas nem sempre) entre 130 e 140 bpm. A oscilação é deixada de lado, o som é mais constante, retilíneo e crescente. Os sintetizadores são mais sutis, sendo a batida e a linha de baixo o que mais interessam ao trance. É uma música introspectiva, que busca equalizar as ondas do cérebro, e assim, chegar a um estado meditativo da dança. É o som típico de fim de tarde no qual, depois do Dark e do Full On, é muito aceita para descansar o corpo e a mente. Tem um kick bem leve e um baixo bem grooveado, passando por diversos tons que empolgam seu ritmo dançante. Exemplos são os produtores do Beat Bizarre, Zion in Mad, Metapher, Bitmonx, Ace Ventura, Analog Drink, Ticon e Atmos. O "prog" mescla várias vertentes e sub-vertentes da música eletrônica podendo caminhar entre o prog house, prog psy e prog dark, estando todos englobados no mesmo estilo (não há como classificar ou ter-se-ia nomenclaturas enormes do tipo minimal-progressive-electro-breaks). Ele pode ter um bassline com bastante groove, assim como nenhum groove.
Dark
Todas essas vertentes se completam, cada uma com seu momento dentro do ritual. A celebração psicodélica precisa tanto dos momentos de euforia e dança que o Full On proporciona no auge da festa, assim como do som barulhento e sinistro do Dark, além dos insights meditativos do Progressive após a energia ser trabalhada. Tudo no seu tempo e com harmonia.
:* Beeeeeeeeeeijoõs ,Anna & Niick